POUCA VERGONHA: Ricardo Salgado já pode sair do país

Suspeito de seis tipos de crimes, Salgado continua sujeito a termo de identidade e residência, e que o obriga a comunicar ao juiz de instrução criminal apenas as ausências de casa com duração superior a cinco dias

A medida de coação que impedia o ex-banqueiro Ricardo Salgado de viajar para o estrangeiro sem a autorização do juiz Carlos Alexandre caducou, na segunda-feira, porque ainda não foi deduzida acusação pelo Ministério Público.
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O inquérito continua em investigação no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Neste processo, Ricardo Salgado é suspeito de seis crimes: burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no setor privado. Sem outras medidas de coação, Ricardo Salgado fica apenas sujeito ao Termo de Identidade e Residência (TIR), a medida mínima, que apenas o obriga a comunicar às autoridades ausências da sua residência por um período superior a cinco dias. No fundo, a partir de agora, Salgado goza de uma liberdade plena de movimentos. O antigo líder do BES tem ainda 1,5 milhões de euros depositados no processo como caução. O mesmo valor está dado também como caução no processo “Monte Branco”, que diz respeito a fraude fiscal e branqueamento de capitais. Ricardo Salgado é ainda arguido em, pelo menos, três processos de contra-ordenação do Banco de Portugal, tendo já sido multado num deles em quatro milhões de euros. O caso está em recurso.

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