Já ouviste falar em afogamento secundário e afogamento seco? Pois eles existem e podem acontecer com adultos e adolescentes, mas as crianças são mais propensas a desenvolverem o quadro.
No afogamento seco, quando a criança respira a água, a laringe pode ser fechada por espasmo e isso interrompe as suas vias aéreas.
Dessa forma a respiração fica muito difícil e a entrada de oxigénio nos pulmões é interrompida. Porém, o coração continua a bombear sangue para os pulmões e é neste evento que a pessoa pode se afogar com os seus próprios fluidos.
No afogamento secundário, a água aspirada fica nos pulmões acumulada e causa um edema pulmonar.
Sintomas
Os sintomas dos dois tipos de afogamento são os mesmos. O que difere é que no “seco” eles começam logo após algum incidente com água. O “secundário” pode iniciar mais tarde, entre 1 e 24 horas depois de alguma brincadeira na piscina, mar ou lago.
Os sintomas são:
- Tosse
- Dor no peito
- Dificuldade para respirar
- Cansaço extremo
- Mudança de comportamento, como irritabilidade ou queda de energia que corresponde que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente.
Quando você passa um dia na piscina ou no mar, é apenas normal que você se sinta exausto e sonolento, especialmente se você é uma criança e esteve extremamente ativa durante todo o dia.
É exatamente por isso que Cassandra não suspeitou de nada quando seu filho lhe disse que ele precisava dormir quando chegou em casa depois de passar o dia na piscina.
Johnny, foi para a cama após o dia cansativo e sua mãe não poderia imaginar que alguma coisa estava errada com ele. Ela foi ver seu filho depois e ficou surpresa com o que viu. A criança tinha espuma na boca e tinha dificuldades para respirar.
Depois de levá-lo ao pronto socorro imediatamente, a mãe foi informada de que seu filho havia sofrido um “afogamento secundário”.
Embora seja raro, o “afogamento secundário” pode ser fatal se os sintomas de alerta forem ignorados. Sempre que alguém (crianças e adultos) inala, até mesmo uma pequena quantidade de água (piscina, lago ou mar) pode irritar os pulmões e causar o edema.
Normalmente há uma pequena quantidade de água nos pulmões quando ocorre o afogamento secundário, mas a pequena quantidade de líquido é suficiente para prejudicar a capacidade dos pulmões de fornecer oxigénio para a corrente sanguínea.
O que fazer se isso acontecer com o seu filho
Se notares que ele tem algum dos sinais citados acima é preciso levá-lo ao hospital. Não adianta ir ao consultório do pediatra, pois, alguns exames e procedimentos serão necessários e serão feitos apenas numa sala de emergência.
Normalmente os problemas são tratáveis e precisam de ajuda médica. Não existe um medicamento para curar esses tipos de problemas. No hospital a criança terá um suporte para verificar se suas vias respiratórias estão desobstruídas e terá monitoramento do nível de oxigénio. Caso seja necessário, a criança usará um tubo de respiração.
Como prevenir
A principal coisa a ser feita é sempre estar de olho nas crianças enquanto elas estiverem a brincar na água ou perto de um local que tenha água. Nunca as deixes sozinhas, mesmo que pareça seguro ou que a quantidade de água seja pouca.
Uma criança pode se afogar com 2,5 centímetros de altura de água dentro de um balde, banheira, piscina de plástico ou vaso sanitário, por exemplo.
Inscreve o teu filho em aulas sobre segurança na água. Existem classes para bebés a partir dos seis meses de idade. Não esqueças de usar colete salva-vidas neles e deixa-os nadar sempre perto de locais onde tenham profissionais de resgate, caso haja um afogamento.
Para quem tem piscina em casa, a atenção é para que cercas de segurança sejam colocadas ao redor dela e verificar se o acesso esteja sempre bloqueado.
Quando o assunto é adolescente, os pais devem explicar aos filhos sobre o perigo de afogamentos relacionados ao uso de drogas e bebidas alcoólicas.
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