No âmbito do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), serão instaladas nos próximos meses, 50 cabines que vão albergar, num sistema rotativo, 30 novos radares fixos.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a gestora do sistema, poderá pedir ao consórcio que vai manter o SINCRO que, a cada seis meses, mude 15 dos radares de sítio.
Os condutores nunca saberão quais as cabines que têm os radares activos, numa lógica rotativa nunca utilizada em Portugal. Saberão, no entanto, a localização das 50 cabines, que estarão devidamente sinalizadas. Estas estruturas vão estar distribuídas por 25 vias nacionais, desde auto-estradas, estradas nacionais, itinerários principais (IP) e complementares (IC).
Pelo menos 25 radares já em Setembro
Nesta primeira fase, o sistema de radares irá privilegiar as auto-estradas.
Será na A1, que liga Porto a Lisboa, e na A5, conhecida com a autoestrada de Cascais, que serão instalados o maior número de cabines. Cada uma destas vias recebe quatro estruturas próprias para receber os aparelhos de medição de velocidade (cinemómetros), mas isso não quer dizer que estes fiquem a funcionar em simultâneo, já que se trata de um sistema rotativo.
Logo a seguir à A1 e à A5, as estradas com maior postos de vigilância serão a A29, auto-estrada da Costa da Prata, A25, IC19, IC20, e ER 125, no Algarve.
No Norte, foram ainda contempladas: A3, A28, A7, A4 e A24.
Este sistema vai juntar-se aos radares móveis já usados pela PSP e pela GNR e aos 18 radares fixos (16 localizados no túnel da CRIL, na Grande Lisboa, e dois na A25, em Viseu) existentes actualmente e que são geridos pelas forças policiais nas instalações da ANSR. A estes somam-se os radares fixos, com pórticos, geridos pelas câmaras de Lisboa e Porto, parte dos quais funciona apenas como elemento dissuasor dos excessos de velocidades, já que tem os radares propriamente ditos inactivos.
A instalação do sistema, cujo contrato foi assinado em Março do ano passado, estava dependente do visto do Tribunal de Contas, que foi dado a 31 de Março e notificado à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) a 7 de Abril, ou seja, na quinta-feira da semana passada. O contrato entra em vigor no final deste mês e estipula que os radares deverão estar instalados em 25 locais até ao final de Setembro. Ou seja, nessa altura a maioria dos 30 radares já vai estar a funcionar. “Os restantes 25 locais terão de estar instalados quatro meses depois. A instalação da totalidade dos 50 locais de controlo de velocidade deverá estar concluída dentro de nove meses”, informa a ANSR em resposta enviada ao PÚBLICO.
Fonte: PÚBLICO