Contribuintes podem vir a suportar nova factura de 8,3 milhões com banco de Miguel Relvas

Ministério das Finanças responde ao PS um ano depois, numa altura em que a Pivot, de Miguel Relvas, tenta entrar na corrida pelo Novo Banco.

Em 2015, logo no dia a seguir às eleições legislativas, o Estado vendeu o Banco Efisa, do universo BPN, à Pivot SGPS, aceitando a exigência de ficar com possíveis futuros encargos de dois processos judiciais então em curso.
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Eram mais 80 milhões de euros que podiam sair do bolso dos contribuintes, a juntar aos cerca de 50 milhões de prejuízo que já tinham tido com a sua venda.

Em 2016, o PS quis saber quais tinham sido os critérios para o então Governo de Passos Coelho ter aceitado esta exigência e também de que encargos se estava de facto a falar. Apesar da obrigatoriedade de responder ao Parlamento no prazo de 30 dias, durante um ano, o Ministério das FInanças ignorou a bancada socialista.

Agora, chegados a março de 2017, o gabinete de Mário Centeno decide que chegou a hora de responder ao deputado socialista João Paulo Correia. Os processos judiciais já não são dois, mas apenas um: “uma ação intentada pela sociedade de direito indiano VISESH”, que neste momento tem um valor de 8,3 milhões de euros.

Quanto a outra ação, que tinha sido intentada pelo fundo internacional “RP Explorer Master Fund”, no valor de 69,1 milhões, o Governo informa que foi resolvida pelo próprio Banco Efisa por “acordo extrajudicial”, mas não adianta por que valor esse acordo foi feito. À VISÃO, João Paulo Correia diz que “se à data da venda eram 69,1 milhões, na altura do acordo já existiriam juros, o que significa que pode não ter ficado por muito menos”.

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