Bofetadas, cornos e hemodiálise no parlamento. Assim se governa um País

Augusto Santos Silva pôs um ponto final à questão das viagens pagas pela Galp a secretários de Estado ao anunciar, esta quinta-feira, a criação de um código de conduta que esclarecesse o que é possível ou não, por parte dos altos cargos da função pública, aceitar como presente.

“Já recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do governo», dizia António Costa em abril sobre a polémica que fez cair o ministro da Cultura João Soares. Quatro passados, as palavras do primeiro-ministro parecem não se aplicar a todas as situações.
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João Soares, Manuel Pinho, António Vitorino e Manuel Borrego. São alguns dos exemplos de ministros que não resistiram à pressão das polémicas e acabaram por sair do governo.

Demissão foi palavra que não se ouviu nas declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, apesar dos achas na fogueira lançadas pelo CDS – o único partido a pedir claramente a demissão dos governantes. Santos Silva optou por garantir que Fernando Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira iriam pagar do seu próprio bolso as viagens a França oferecidas pela petrolífera.

João Soares e as «bofetadas»

Mas na história da política portuguesa não faltam governantes que se demitiram ou foram demitidos por casos insólitos.

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