Quando pedes um empréstimo para a compra de casa é, muitas vezes, para um período mais longo do que muitos casamentos.
Antes de dares este passo, convém que te prepares bem e tomes todas as medidas de precaução, para não vires a ter amargos de boca.
Queremos ajudar-te nesta missão e apresentamos-te, por isso, um guia com cinco cuidados que deves ter no momento de pedires um crédito à habitação.
Para evitares supresas desagradáveis segue então os conselhos compilados pelo Jornal de Negócios. Há coisas que os bancos nunca te vão dizer de cara…
Investe tempo a comparar as ofertas dos bancos
O primeiro passo, antes de contratar um crédito à habitação, deve ser segundo o diário uma análise cuidada das ofertas de mercado. Numa altura em que os bancos continuam a demonstrar interesse na concessão de financiamento para a compra de casa, é fundamental que dediques algum tempo a analisar as várias propostas das instituições financeiras. O banco com o qual trabalhas atualmente e onde tens a tua conta pode ser o primeiro a consultar, mas não é garantido que te ofereça as melhores condições.
Faz um “mealheiro” e negoceia
Se pretendes avançar para a contratação de um crédito à habitação, é importante que poupes algum dinheiro antes, tal como recomenda o jornal. Nos últimos anos, os bancos têm vindo a conceder entre 70% a 80% do valor da avaliação do imóvel, pelo que te fará falta teres dinheiro para dar como entrada na compra de casa.
Além disso, isto vai dar-te uma maior margem para poderes negociar com o banco que, se conseguir emprestar uma percentagem inferior, exigirá ao cliente um “spread” mais reduzido.
Calcula a tua taxa de esforço
Este é um conceito que deves ter em mente se estiveres a pensar pedir um crédito, porque tal como diz o Jornal de Negócios esta taxa permite-te determinar a percentagem do rendimento familiar destinada ao pagamento das prestações dos empréstimos. Para isso, deves dividir o valor dos encargos financeiros mensais pelo rendimento e, no fim, multiplicar por 100. A Deco recomenda que a taxa de esforço não seja superior a 35%, devendo considerar-se cenários de subida de 1% e 2% da taxa de juro.
Cuidado com as despesas extra
Ainda que a prestação seja o principal encargo associado a um crédito à habitação, não será o único, recorda o diário, alertando que muito importantes são também as despesas associadas a todo o processo de financiamento, havendo encargos iniciais e finais e até comissões frequentes, como a comissão de processamento de prestação. A Taxa Anual Efectiva Revista (TAER) é uma taxa que considera todos os custos associados ao empréstimo e dá indicação de todos os encargos que terás com o crédito e que deverás utilizar para comparar as ofertas dos bancos, mais do que os “spreads”.
Atenção aos prazos de financiamento
Em regra, as instituições financeiras apresentam créditos com prazos de 20, 30 ou 40 anos, dependendo da idade do cliente. Um prazo mais longo pode traduzir-se numa prestação mais reduzida, o que te pode seduzir, mas tem em conta que pode significar que está apagar mais juros, diz o Negócios, alertando que é importante que reduzas ao mínimo a possibilidade de surpresas desagradáveis no futuro.