Felix Alexander Worcester era um jovem de apenas 17 anos, que vivia na Inglaterra, e que se atirou para debaixo de um comboio em abril de 2016, morrendo instantaneamente. Agora sabe-se que os 7 anos anteriores ao seu suicídio foram um inferno para ele…
O rapaz sofria de bullying pois os seus pais não o deixavam jogar Call of Duty: Modern Warfare 2, um videojogo muito famoso na altura.
Inicialmente, os seus amigos apenas diziam umas piadas sobre o assunto, mas com o passar do tempo começaram a isolá-lo e até a gozar com ele pelo telemóvel. A humilhação e os insultos passaram a ser de tal forma ofensivos que ele perdeu qualquer vontade de viver.
A sua mãe sofreu bastante com a situação, e decidiu mostrar ao mundo como se sentia, então escreveu uma carta e partilhou-a com o mundo:
“No dia 27 de abril de 2016, o meu filho de 17 anos acabou com a sua própria vida. Ele decidiu fazer isso porque já não via como podia ser feliz.
Ele perdeu a confiança e a autoestima durante o tempo em que foi intimidado. Tudo começou com a maldade gratuita e o isolamento social durante anos, com o desenvolvimento das redes sociais, tornando-se crueldade.
As pessoas que nunca conheceram Felix intimidavam-no nas redes sociais, e ele foi incapaz de fazer e manter amigos, porque era o menino mais odiado na escola.
Ele sofria muito e tinha dificuldades em ir à escola. Então mudou de escola, e sentia-se como se não valesse nada ao ponto de não querer saber de nada, pois no fundo para ele não havia nenhuma diferença.
Mesmo fazendo amigos e impressionando os professores, ele não foi capaz de ver que as pessoas se preocupavam realmente com ele. Estava destruído por tudo o que sofreu com a intimidação.
Eu não procuro simpatia, quero apenas abrir os olhos para esta situação que tantos filhos como Felix vivem todos os dias.
Eu peço aos jovens para serem sempre gentis uns com os outros, e não permaneçam de braços cruzados ao testemunharem casos de bullying.
Disseram-me que as pessoas realmente não sentem o que dizem nas redes sociais.
Eles não se importam com a maldade, porque não veem os seus efeitos.
Os nossos filhos devem entender que há consequências e podem ferir as pessoas. Muitos jovens têm telemóveis e devem ser orientados para os usarem corretamente.
Bloqueá-los não é uma solução, é a forma como os jovens se comunicam agora e perdem o contacto cara a cara.
Nós retirámos todas as redes sociais a Felix, mas isso levou-o à angústia e a ficar mais isolado, ele viu-o como um castigo, não como uma proteção.”