ALERTA: Planeta Terra exposto à colisão com um grande asteróide

São milhares os objetos que diariamente cruzam a órbita terrestre, no espaço – uns com míseros centímetros, mas outros com tamanho, muitas vezes, superior a um estádio de futebol.

Trata-se de um risco permanente que todos os seres vivos do nosso planeta correm. Não vale a pena pensar nele, mas há quem pense.
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De nome ARM (Asteroid Redirect Mission), este projeto da Agência Espacial Norte Americana (NASA), visa estudar com maior profundidade como é que nós, humanos, podemos defender-nos de um “pedregulho” espacial.

Imagem do que se pretende com a missão ARM da NASA/Foto: NASA

Mas, se este recente evento não teve consequências de maior, Holdren recordou que houve outro evento, em 1908, em Tunguska, Rússia, que obriga a levar o tema dos asteróides como uma ameaça séria.

“Nós sabemos que isso acontece”, disse Holdren. Se o evento de Chelyabinsk foi considerado já de risco elevado, o de Tunguska foi mesmo devastador.

Uma rocha espacial, talvez com 40 metros, colidiu e explodiu sobre uma região despovoada na Sibéria, causando a destruição e devastação de cerca de 2.070 quilómetros quadrados de floresta.

Apesar de perigosos, diz John Holdren, e sem querer dramatizar mais, refere que se calcula que “ataques” como o de Chelyabinsk aconteçam na Terra uma vez a cada cem anos, enquanto os equivalentes ao de Tunguska têm probabilidades muito maiores (uma em cada 1.000 anos).

Como afastar um asteróide de uma colisão iminente

“Se quisermos ser uma civilização tão capaz como a nossa tecnologia permite, precisamos de estar preparados, mesmo para aqueles eventos raros, porque eles podem fazer muitos estragos na Terra”, refere Holdren.

“Este é um risco como os que, há 65 milhões de anos, fizeram os dinossauros desaparecer”. E acrescentou: “Temos de ser mais espertos que os dinossauros”.

É através do programa ARM que a NASA pretende conseguir mais dados para colocar em marcha um programa de defesa espacial.

Ter uma especie de robot espacial que agarra meteoros e os recoloca noutra órbita parece uma utopia, mas a NASA já estuda essa possibilidade.

Por volta do ano 2021, a NASA pretende lançar uma sonda robótica em direção a um asteróide perto da Terra.

O alvo é uma pedra espacial, de 400 metros, chamado 2008 EV5.

A missão consiste em ir lá, arrancar um pedaço de rocha da superfície e voar junto com a rocha, no espaço por um tempo.

Desta forma a NASA quer estudar o potencial de uma estratégia de deflexão, conhecida como o “captor gravitacional”.

O método padrão usado por este sistema é o mesmo utilizado pela lei gravitacional. Ou seja o objeto é agarrado pela massa gravítica de um objeto maior e aprisiona-o. No caso de um objeto artificial com massa gravítica superior ao asteroide, este pode desloca-lo para uma rota diferente da original.Nesta missão e após a viagem conjunta (sonda-rocha), a NASA quer trazer esse pedaço espacial até à órbita lunar, onde astronautas numa missão futura Terra-Lua (Orion), recolherão a pedra espacial.

A missão já orçamentada em 1.400 milhões de euros, deve ajudar os pesquisadores a aprenderem mais sobre asteróides e os recursos que eles possuem, disse Holdren.

Mas esta é apenas uma das hipóteses.

Outros meios estão a ser estudados, como por exemplo o uso de “pêndulos cinéticos” artificiais, ou seja, ter vários objetos com uma massa suficientemente grande a embaterem no asteróide com vista á alteração da rota do mesmo.

Por último, o recurso de emergência e que poucos gostariam de usar, é o uso de armas nucleares.

Esta espécie de “salve-se quem puder” não é bem vista na comunidade científica, visto não ter garantias de que o objeto em si possa realmente ser destruído ou desviado, existindo quem teorize que poderia ainda causar maiores problemas com a fragmentação do asteroide, e posteriores colisões múltiplas no nosso planeta.

Todos os dias centenas de objetos cruzam bem de perto a nossa cabeça, alguns entram mesmo cá, mas devido às reduzidas dimensões passam despercebidos.

São precisamente os maiores que nos preocupam e alguns são pequenos demais para serem detetados a tempo, mas grandes demais caso entrem na atmosfera terrestre (recordar Chelyabinsk 2013) .

E no passado dia 7 de setembro um desses “pedregulhos”, batizado como Asteróide 2016 rb1, passou bem perto de nós: uns “míseros” 34 mil quilómetros, ou seja, aproximadamente o mesmo que a altitude de satélites geoestacionários.

Imagem recolhida por um observatório terrestre da passagem do 2016 rb1

Apesar de não ter constituído nenhum perigo imediato, esta rocha apenas foi descoberta 24 horas antes de maior aproximação ao nosso planeta, destacando a necessidade de nós, seres humanos, mantermos um olho bem aberto no nosso sistema solar.

O facto foi dado a conhecer nas redes sociais depois do modesto objeto ter passado por cá.

Mas será assim tão difícil cair por cá um meteoro de grandes dimensões? Não é, e há poucos dias foi recuperado um, bem grande na Argentina.

O meteorito (nome dado após ter entrado na atmosfera terrestre) foi encontrado enterrado no solo a uns 30 metros de profundidade.O maior meteorito conhecido e recolhido na Terra, o Hoba West foi encontrado na Namibia, e pesa 60 toneladas.

O “pedregulho” espacial terá caído na Terra há cerca de 4000 anos e pesa cerca de 38 toneladas.

As autoridades já recolheram na região “Campo del Cielo”, a 600 milhas de Buenos Aires, cerca de 100 toneladas de material derivado deste rochedo rico em ferro, batizado de El Chaco.

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