Declaração de Herman José que deixa Portugal de boca aberta!

Sente-se capaz de começar de novo, com uma outra profissão e num lugar qualquer, acha que a vida começa todos os dias e vê o passado como se estivesse a assistir da plateia. O mar ensinou-lhe a ver a vida

“Sou uma espécie de prostituta com uma carteira de clientes que adora. Não faço fretes”
Está sentado à mesa de pedra onde no dia a seguir se reunirá a equipa do programa que arranca em setembro na RTP.
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Acaba de fazer cinco espetáculos a solo, seguidos de horas de autógrafos, beijinhos e fotos, e aproveita o isolamento da casa de Azeitão onde hoje tem o quartel-general. Na piscina, um patamar abaixo e resguardada dos nossos olhares, está a mãe Maria Odette, esplendorosa no biquíni azul e bâton vermelho. No fim da entrevista, contar-me-á como o filho compensou a frustração pessoal de não se ter dedicado à vida artística como sonhou, mas faz notar que quando Herman começou a carreira, em 1975, ela pediu a Nicolau Breyner que o libertasse, para que o filho estudasse engenharia na Alemanha como estava previsto. Ficou zangada com Nicolau durante anos, porque a aconselhou a esquecer o curso e anunciou que o filho ia ser um grande artista. O verdadeiro artista, como diria Tony Silva, uma das criações inesquecíveis do Tal Canal – a par de Nelito, José Esteves ou Marilú, nos idos de 1983. A casa de Azeitão fica aconchegada num vale cujo arvoredo esconde os vários edifícios destinados a ensaios e a alojar a equipa, e nada no portão faz perceber quem ali vive. Aos 62 anos, Herman José mantém as gargalhadas infantis, o deslumbramento perante os outros e a disciplina de trabalho, uma combinação feliz. Passou tempos difíceis, tempos de euforia, tempos de tédio. Agora olha para trás e diz que é como se assistisse da plateia às personagens que criou. Voltou a ter o prazer do palco depois de se ter gasto a despejar piadas à espera de receber o cheque.

Fonte: dn.pt
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