Dor e revolta no funeral de jovem baleado em operação da PSP que alega disparo acidental

O agente da PSP que alvejou mortalmente André Gomes (“Pika”), adolescente de 16 anos suspeito de assalto, no Porto, alega que o disparo que atingiu a vítima na cabeça foi acidental.

A arma disparou quando o carro-patrulha foi abalroado pela viatura fugitivas. Esta é a versão dos acontecimentos, confirmada ao JN, por colegas do agente R.L., que tem 31 anos e presta serviço na PSP há sete anos, seis dos quais como patrulheiro.
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O grupo – “Pika” e mais três jovens – seguia num Opel Astra furtado em Braga que, minutos antes, tinha sido usado no furto de uma máquina de tabaco de uma pastelaria, em Gondomar.

A patrulha detetou-os em Campanhã e intercetou-os na Rua das Águas Férreas, barrando o caminho. No entanto, o condutor do Astra terá investido contra a viatura policial, no momento em que os agentes estavam no exterior. O agente R.L. começou por efetuar dois disparos para o ar e caiu para dentro do carro aquando do abalroamento. Terá explicado então que o impacto da colisão e a sua queda originaram um disparo fortuito, que perfurou o vidro do próprio carro-patrulha, atingindo André Gomes, que seguia no banco atrás do condutor do Opel Astra.
No comunicado emitido horas depois do incidente, a Direção Nacional da PSP adiantou que os disparos foram efetuados face ao “risco para a integridade física” dos agentes. Na sequência da colisão, os dois polícias da patrulha sofreram ferimentos.
O agente, que trabalha há mais de um ano na esquadra da Corujeira, não foi, até ao momento, alvo de qualquer procedimento a nível interno, continuando em funções. O caso foi participado ao Ministério Público e a investigação ficará a cargo da PJ, que tentará apurar as circunstâncias do caso, sobretudo se houve proporcionalidade no uso da arma de fogo. A IGAI também abrirá um inquérito.

Fonte: JN
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