A última grande fábrica de cassetes está a vender mais do que nunca

A mulher chama-lhe “neandertal”, mas isso não incomoda Steve Steep, o homem que, em plena era do streaming, transformou as velhinhas cassetes de música num negócio rentável. E muito.

O ano de 2014 foi de êxitos. Pela primeira vez, as vendas mundiais de música em formato digital superaram as vendas em suporte físico. E também pela primeira vez, a National Audio Company, a última grande fábrica de cassetes do mundo, vendeu mais de dez milhões de fitas. É um recorde nos 45 anos de vida desta empresa do Missouri, nos EUA. Um ano depois, esmagou estes números, com vendas de cinco milhões de dólares, 31% mais.
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O segredo? A febre vintage e a ausência de concorrência. Há outras pequenas empresas espalhadas por todo o mundo, como a portuguesa Edisco, mas que não chegam a produzir mais de 5000 cassetes por ano.

Steep era um jovem universitário quando o pai fundou a companhia em 1969. Nos finais dos anos 1990, quando os grandes fabricantes, como a TDK e a Phillips (que lançou a primeira cassete de música em 1963), se voltaram para o CD, reduzindo a produção de cassetes em mais de 70%, a sua empresa, ao contrário do que seria de esperar, não inovou; continuou a fabricar cassetes. E investiu até um par de milhões de dólares para comprar o equipamento atirado para um canto dos armazéns das grandes fábricas com o único objetivo: produzir mais.

“As cassetes de música nunca deixaram de usar-se”, garante. Mas a esmagadora fatia do negócio (70%) vem de acordos com bandas independentes e

Fonte: DinheiroVivo
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