POLÉMICA: António Costa diz que os Portugueses têm de “começar a habituar-se a viver sem automóvel”

Diz António Costa que os Portugueses das cidades têm de “começar a habituar-se a viver sem automóvel”.

Obviamente o homem não tem a menor noção da realidade. E também não tem grande credibilidade, desde logo por ser proprietário de um fiat 500 e um smart, veículos de circulação urbana preferencial. Além do BMW 118 e mais uns quantos carros que lá há em casa. Um autêntico Frei Tomás!
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Por outro lado, ao dizer “das cidades” deve certamente querer excluir os portugueses que se servem do túnel do Marão… ou então está a ameaçá-los, para que nao migrem do interior para o litoral. É que a população urbana portuguesa representa cerca de 70% do total, sendo que só Lisboa e Porto representam mais de 40%. Isto significa que, se a malta seguir os “conselhos do Costa” o Estado perdia, em impostos, (e só directamente, em imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), imposto sobre veículos (ISV) e imposto único de circulação (IUC)), qualquer coisa como 3.675 milhões de euros…

Mas enfim… António Costa na realidade até já disse coisas piores. Podia aprender com Passos Coelho, que ao menos agora nos brinda com a eloquência do seu silêncio (e sempre que abre uma excepção, abre caminho para a asneira…). De qualquer forma o nível de insensibilidade social de um e de outro são perfeitamente comparáveis: ninguém com filhos pequenos consegue fazer a sua vida em Lisboa sem automóvel próprio. Já para não falar dos idosos e de quem deles cuida. Transformar as principais vias lisboetas em jardins não vai resolver problema nenhum. Só vai agravar a situação daquela que é, apesar de relativamente pequena, uma das capitais da Europa com mais e mais graves problemas de trânsito.

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