A família passou quase 4 meses ao lado do seu corpo morto… até que um fenómeno aconteceu!
Sandra Pedro é portuguesa e vivia com o seu filho no bairro das Bragadas, em Portugal, há cerca de oito anos. Quando soube que estava grávida pela segunda vez, Sandra foi ao médico.
Por já ter tido uma pneumonia causada por uma bactéria que lhe provocou problemas no coração que a levaram ao coma, e por já ter tido um dos rins operado devido a um tumor, o médico foi obrigado a alertá-la para os enormes riscos da gravidez.
Mesmo assim, Sandra queria voltar a ser mãe e decidiu arriscar.
Em Fevereiro, uma hemorragia cerebral acabou por deixá-la em perigo de morte nos cuidados intensivos. Nessa altura, Sandra já sabia o sεxo do bebé (menino), mas já não viu a barriga crescer…
Em 20 de fevereiro ela foi declarada morta, mas o que se passaria depois nunca tinha sido tentado em Portugal e é muito raro no mundo. Nessa altura, os médicos decidiram fazer uma última ecocardiograma do feto e verificaram que o bebê tinha boa vitalidade. O coração dele era forte e batia normalmente, como se não houvesse nenhum problema. Os médicos ficaram sem palavras.
Surpreendida com o que estava vendo, a equipe médica decidiu enviar os resultados dos exames para a Comissão de Ética do Hospital de São José, em Lisboa, a qual, junto com a família de Sandra e a família de Miguel Angelo Faria, o pai do menino, concordaram com a manutenção da gravidez para garantir a viabilidade do feto.
Toda a família participou em todo o processo desde o primeiro momento, o que pressupôs assistir ao crescimento da barriga com a mulher ligada às máquinas (gestação em morte cerebral). O momento era de consternação. Afinal, Sandra estava morta, mas ainda havia vida dentro dela.
Sandra tornou-se uma incubadora viva, doando o corpo ao seu filho. Manter o organismo materno funcional durante tanto tempo para que a circulação útero-placentária tenha sido mantida, foi o grande desafio para a equipe com mais de 80 pessoas que tratavam rotativamente, 24 horas por dia, do bebé de Sandra.
107 dias depois, o ‘milagre’ aconteceu: o bebê nasceu às 32 semanas de gestação, com 2,350 kg e uma vitalidade impressionante para um bebé prematuro, ainda por cima gerado no útero de uma mãe morta. Um verdadeiro fenómeno da vida.
Os médicos falam em situação inédita e emocionante, admitindo que choraram. O bebê está, por agora, em perfeita saúde. Depois da cesariana, as máquinas foram desligadas e o corpo da mãe foi entregue à família.
Sandra foi uma mãe corajosa: da sua morte nasceu uma nova vida, Lourenço Salvador, um lindo nome escolhido por ela.
Veja mais algumas imagens no vídeo que se segue:
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