O misterioso desaparecimento de ‘Zuki’

João Medeiros, conhecido pelos amigos por Zuki, abandonou a discoteca Urban Beach(K) depois de ser convidado a sair pelos seguranças, para nunca mais ser visto…o caso volta agora, que se sabem os métodos pouco ortodoxos da segurança, a levantar fortes suspeitas de que algo “errado” poderá ter acontecido com o jovem.

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O plano é simples: cinco dias de diversão com Cheiroso, Sansão, Carraça e Bobina, alcunhas de João Cardoso, Diogo Cabral, João Raposo e André Tavares, seus conterrâneos que hoje estudam e trabalham em Lisboa. Zuki, que tem um mestrado em desporto, terminara, recentemente, o estágio profissional numa academia de karaté do Funchal. Está desempregado, é frequente ouvi-lo queixar-se de não ter nada para fazer. Uma semana de farra com os amigos vinha mesmo a calhar.

André Tavares preparara um manjar especial para receber o amigo. O arroz de peixe desaparece em três tempos, entre gargalhadas e comentários ao excesso de picante da refeição. O grupo abandona o apartamento já depois da meia-noite, em direção ao bar Marretas, ponto de encontro de açorianos, na zona de Santos.

A conversa, no bar Marretas, arrasta-se até às 2 e 30 da manhã. Zuki está entusiasmado com o futuro. Anuncia aos amigos que, em junho, vai frequentar um curso de personal trainer, o que lhe poderá valer um trabalho num ginásio. Os brindes repetem-se até o grupo decidir atravessar a Avenida 24 de Julho e caminhar em direção ao Urban Beach, uma discoteca muito movimentada, com instalações encostadas ao rio Tejo. Pagam 12 euros à entrada e mergulham na agitação.

Às 3 e 09, envia uma mensagem à namorada. “Estávamos a ter uma conversa normal”, garante Sofia Brito. “Falámos durante toda a noite.” Sete minutos depois, é visto com dois copos na mão, até, segundo os amigos, ser convidado por um segurança a sair da discoteca, por estar embriagado.

Às 3 e 30, João Raposo repara na ausência prolongada do amigo, e envia-lhe uma mensagem com a morada do apartamento. Zuki paga 24 euros de consumo e sai do Urban às 4 e 13. “Um amigo nosso ajudou-o a caminhar até à porta, e veio avisar-nos de que ele já se encontrava no exterior da discoteca”, conta Diogo Cabral. Às 4 e 30, João Raposo volta a enviar uma mensagem a Zuki, perguntando-lhe onde se encontra. “Nós saímos às 4 e 52. Como não o vimos, julgámos que tinha ido para casa.”

Na quinta-feira, 7, só despertaram por volta da uma da tarde. Nem sinal do amigo. Seguiram-se horas de grande angústia. “Regressámos ao Urban para procurá-lo. Batemos as redondezas, mas nada”, conta João Raposo. Depois de avisarem a família de Zuki deslocaram-se à polícia, a vários hospitais e lançaram uma campanha de alerta nas redes sociais.

Zuki nunca mais apareceu…

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